Daniel Mazon, vice-presidente sênior e líder comercial global de raios X da Royal Philips, compartilhou suas experiências e insights sobre a inovação na empresa. Daniel, que possui uma trajetória de 13 anos na Philips, incluindo cargos de liderança na América Latina e Índia, destacou a importância de uma cultura de inovação para a competitividade e crescimento sustentável da empresa.
Inovação como Necessidade
Daniel e Fabrício enfatizam que a inovação é uma necessidade constante para se manter competitivo no mercado. Fabrício argumenta que simplesmente oferecer produtos de qualidade não é suficiente; é essencial inovar continuamente para agregar valor aos clientes e diferenciar-se dos concorrentes. “Inovação é como um time de futebol jogando no ataque; você precisa estar sempre buscando novas formas de se reinventar,” diz Daniel.
Cultura de Inovação
A Philips, com seus mais de 130 anos de história, sempre teve a inovação como parte integrante de sua cultura. Daniel destaca que a inovação está enraizada no DNA da empresa, permitindo que ela se mantenha relevante e competitiva ao longo dos anos.
Desafios e Soluções na Área de Saúde
Na área de saúde, a Philips enfrenta desafios como a explosão de dados gerados pelos equipamentos e a escassez de profissionais qualificados. Para lidar com isso, a empresa investe em inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML) para melhorar a precisão dos diagnósticos e a eficiência dos fluxos de trabalho. Daniel explica que, ao simplificar processos e automatizar tarefas, a Philips ajuda a aliviar a carga sobre os profissionais de saúde, permitindo que eles se concentrem em cuidados mais críticos.
Exemplos de Inovação
Um exemplo concreto de inovação é a introdução de câmeras nos tubos de raio-X, que automatizam o posicionamento dos pacientes, reduzindo o tempo de operação e minimizando a necessidade de retrabalho. Além disso, durante a pandemia de COVID-19, a Philips desenvolveu uma UTI portátil que pode ser instalada rapidamente, atendendo à demanda urgente por leitos de UTI.
O Papel da Liderança na Criação de uma Cultura de Colaboração: Insights de Daniel
No cenário competitivo atual, a inovação e a colaboração são essenciais para o sucesso de qualquer organização. Daniel compartilha insights valiosos sobre o papel crucial da liderança na criação de uma cultura de colaboração dentro das empresas.
1. Visão e Missão Claras
A liderança deve definir uma visão clara e inspiradora que todos na organização possam abraçar. Na Philips, por exemplo, a missão de “melhorar a vida das pessoas por meio de soluções inovadoras” é um pilar que motiva os colaboradores a trabalhar juntos em direção a objetivos comuns.
2. Comunicação Aberta e Transparente
Daniel enfatiza a importância de uma comunicação aberta e transparente. Os líderes devem estar acessíveis e dispostos a ouvir as ideias e preocupações de todos os níveis da organização. “As verdadeiras respostas e inovações muitas vezes vêm das pessoas que estão na linha de frente,” diz ele, destacando que o feedback dos colaboradores é essencial para a inovação.
3. Empoderamento dos Colaboradores
Empoderar os colaboradores é fundamental. Isso significa dar a eles a autonomia para tomar decisões e a confiança para experimentar novas ideias. Daniel menciona que a Philips incentiva a participação ativa dos funcionários em eventos como o Philips Excellence Competition, onde suas inovações são reconhecidas e premiadas.
4. Reconhecimento e Valorização
O reconhecimento é uma ferramenta poderosa para fomentar a colaboração. Daniel observa que na Philips, os colaboradores se sentem parte da empresa e são motivados pelo orgulho de contribuir para o sucesso coletivo. “Não é a remuneração extra que os motiva, mas o reconhecimento e o sentimento de fazer a diferença,” ele explica.
5. Exemplo de Humildade e Aprendizado Contínuo
Os líderes devem exemplificar humildade e um compromisso com o aprendizado contínuo. Daniel ressalta que admitir que não se sabe tudo e estar aberto a aprender com os outros cria um ambiente onde todos se sentem valorizados e ouvidos.
6. Foco no Cliente
Colocar o cliente no centro das decisões é crucial. A Philips, por exemplo, sempre busca entender as necessidades dos clientes e trabalhar em soluções que realmente resolvam seus problemas. Isso não só melhora os produtos e serviços, mas também une os colaboradores em torno de um objetivo comum e significativo.
7. Facilitação de Ferramentas e Recursos Adequados
Prover as ferramentas e os recursos necessários para a colaboração é indispensável. Daniel menciona o uso de tecnologia para facilitar o trabalho em equipe e melhorar a eficiência dos processos, como a integração de inteligência artificial para otimizar fluxos de trabalho na área de saúde.
Conclusão
Daniel deixa claro que a criação de uma cultura de colaboração começa na liderança, mas depende do envolvimento e da valorização de todos os membros da organização. Com uma comunicação aberta, empoderamento, reconhecimento e foco no cliente, os líderes podem construir um ambiente onde a inovação e a colaboração prosperam. Esses princípios não apenas impulsionam o sucesso organizacional, mas também garantem que todos os colaboradores se sintam parte integral do progresso contínuo.
Referências
- Outras entrevistas do Podcast A Hora da Inovação.
- LinkedIn de Daniel Mazon